O Correio Braziliense de domingo, dia três de maio traz em seu caderno cidade, na página 34 uma reportagem sobre um brasileiro de trinta e um anos, conhecido pelos amigos da universidade como Josinaldo da Silva.
A diferença dele para muitos outros universitários é que ele é um índio atikun .
Nascido no interior de Pernambuco, em um lugar onde não havia escolas, caminhava cerca de seis quilômetros por dia para estudar, aliás, sempre foi bom aluno e sempre estudou em escolas públicas, não teve o luxo que muitos têm (escola perto de casa, ônibus para levar, lanche bom, livro de graça para usar, laboratório de informática e outras vantagens que por exemplo os meus alunos de quarta série têm).
Esse rapaz, guerreiro na vida, superou suas dificuldades e hoje é aluno de medicina na Universidade de Brasília, veja só que maravilha, lugar que milhares gostariam de estar e nunca conseguiram.
Quando ele estiver com trinta e cinco anos de idade, no ano de 2012 deverá receber seu merecido diploma de medicina, na área de Clínica Geral.
Que ele sirva de exemplo para milhares de brasileiros, sejam eles índios, negros, amarelos ou brancos.
